Se me divido
Em indivíduo
Um tanto preparado
E desqualificado
Sempre me estrago
Iludido e escravo
Em discrepância
Sendo arrogância
Penso ser quem sou
E não onde estou
Sempre restando tempo
Para um novo invento
Visto a alegoria
Esqueço a agonia
Respirando fundo
Encaro o novo rumo
Corro desgovernado
Um novo penteado
Fingindo esquecer
O que não sei fazer
Argumento hostil
Palavras sempre crio
Tentando explicar
O que me faz voltar
Ao ponto onde parei
Faz bem onde irei
Mesmo tão cansado
Não sou escravizado
Pelo sono que reneguei
Todo preço que paguei
Escrevendo versos
Sobre meus regressos
Cantando a toada
Peça desalinhada
Da engrenagem fictícia
Perdi toda malícia
Sendo outro agora
Nunca vou embora
Para não aborrecer
O outro que não quero ser