quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Distante de Mim

Tenho andado distante das coisas que tenho como principais:
Não escrevo novas canções;
Não posto textos novos;
Não tenho tocado minha guitarra com frequência;
Não tenho ouvido minhas músicas preferidas;
Não estou mais envolvido com a cena musical paraibana;
Não passeio com meu amigo Opala como era de costume;
Não corro atrás das coisas que quero;
Não me iludo com planos falhos para resolver meus problemas;
Não faço fotos com minha velha câmera;
Não tento provar que não preciso provar nada.

Depois da mudança (agora estou morando no bairro do Bessa), é como se estivesse passando uma temporada fora da minha casa, longe dos meus amigos e das pessoas que considero. É como se todos os meus pertences pessoais estivessem a quilômetros de distância e o encanto do que é novo me distanciasse cada vez mais deles. Mas não quero perder minha identidade. Não quero esquecer as coisas que me fizeram chorar e sorrir. Não quero perder os velhos costumes, pelo menos os bons.

Até me pergunto se isso não faz parte do ciclo da vida: a gente vai deixando coisas para trás, encaixotando livros, cd’s, lembranças, para depois ir juntando novos, fazendo outra prateleira na alma.

Bom voltar a postar.