sábado, 8 de dezembro de 2012

Sorrisos e Sorrisos

Tem dias em que a gente sorri pra todo mundo, tem outros que a gente guarda o brilho e fecha o rosto. Passa o tempo e a gente aprende a rir pra não chorar e aprende que é melhor distribuir nosso sorriso apenas entre os que nos fazem bem.

É certo que pessoas felizes fazem bem umas as outras e que viver entre sorrisos faz bem até a saúde! Mas onde foram parar os sorrisos? Onde estão as pessoas que nos fazem rir? Não falo de alegria, nem de humoristas e sim de felicidade, de brilho nos olhos.

Pra quem se pegou rindo sozinho nesses últimos dias, ainda há uma esperança de encontrá-los.


sábado, 15 de setembro de 2012

Desmonte

O carro quebra
O Flamengo perde
O rival celebra
A graça deserde

O salário acaba
A conta aumenta
O amor desaba
O povo comenta

A festa finda
A solidão acena
O juízo deslinda
A conclusão serena

A madrugada persiste
O sono adormece
A lua desiste
O dia aborrece

O partir graceja
A coragem esvaece
O sonho almeja
A realidade encarece

O instrumento enferruja
A grama enverdece
O cômodo sobrepuja
O não acontece

A noite passa
O jantar esfria
A lembrança enlaça
O tempo custodia

A vontade ampola
O traço fabril
A semelhança tola
O querer infantil

A brincadeira saudosa
O riso encontra
A memória custosa
O olhar demonstra

O garoto reluta
A família dispara
A verdade incuta
A garota apara

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sonhador

Lembrei que, por volta dos 18 anos, escrevi uma canção (acho que nem cheguei a gravar com a banda que tocava, apesar de termos gravado três cd's independentes) que bradava o seguinte: 

"e eu que sonho mais em uma noite
do que consigo realizar em um ano inteiro.
Um ano inteiro no travesseiro..." 

Pois bem, lembrando dessa frase, cheguei a conclusão que voltei a somar aos meus erros, esse erro antigo.

Sonhar faz bem, mas acho que ando sonhando demais! Nada que necessite de intervenção médica, mas algo pra tentar consertar o mais rápido possível.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Humpty Dumpty

Há muito eu tinha desistido de ser feliz.
Não por querer me esconder em regime de fronteiras fechadas, ou por não acreditar em pessoas felizes, mas baseado em eventos tristes e falta de bons motivos pra bradar alegria.

Não há muito mudei de idéia.
Foi algo inesperado. Mudou minhas razões e buscas. Me fez enxergar esperança onde só conseguia ver conformismo e insatisfação. Foi lindo. É lindo!

Mas serei perseguido pela infelicidade?
Não entendo a razão universal pela qual afastam de mim as coisas que me alegram. Não entendo e tenho medo de entender.

Sei bem que dessa vez posso lutar contra essa conspiração universal contra mim. E é justamente o que mais espero de mim. É o que vou fazer.

"Porque quando eu pego me violão/Eu esqueço de quem és/Lembro das venturas e de tudo o que vivi/E lembro que eu sou apenas um herói do travesseiro/Que sonha mais em uma noite do que consegue realizar em um ano inteiro/Um ano inteiro no travesseiro..."




sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sobre o que Parece Ser

Sofístico: Adj. Da natureza do sofisma; Raciocínio sofístico; Que é dado a sofismar.

Algumas pessoas são genuínas, enquanto outras apenas aparentam ser.

Existem homens menos fortes do que parecem, mulheres mais belas do em verdade são e metais que parecem ouro ou prata, mas de nenhum valor reconhecido.

Coisas tão comuns quanto evidentes, argumento trazido à luz por Aristóteles em "Dos Argimentos Sofísticos", fazem parte da nossa tragetória.

Algumas pessoas passam por nossas vidas de forma verdadeira, outras não. Saberemos reconhecê-las? Impossível! Pessoas sofísticas não alcançam o real objetivo do genuíno, embora pareçam fazer. E sendo seres prolíficos, é inevitável que não julguemos errado, confundido vidro por diamante, prata por estanho, porque da mesma forma em que uma palavra pode apresentar, dentro do mesmo significado, duas ou três interpretações, podemos ser vítimas de falsos raciocínios e do que apenas aparenta ser.

"E assim, exatamente como ao contar, aqueles que não têm suficiente habilidade em manusear suas pedrinhas são logrados pelos espertos, também na argumentação os que não são familiarizados com o poder significativo dos nomes são vitimas de falsos raciocínios tanto quando discutem com eles próprios, como quando ouvem outros raciocinar." [Aritósteles]




sábado, 11 de fevereiro de 2012

Novamente Minha Vez

“Pois aquele garoto que queria mudar o mundo, agora assiste a tudo em cima do muro”.

Sou músico!
Não há como negar toda a história da minha vida. Cresci entre teclados, pianos, guitarras, violões, baixos, baterias, gaitas, instrumentos dos mais diversos. Sonhos, ensaios, equipamentos, gravações, shows... muito o que lembrar, diversas histórias para contar.

Mas será que tenho visto a tudo em cima do muro?
Faz um tempo que sim.

Se vou descer do muro?
Talvez não.
Acho que vou começar a tocar em cima dele! Sem o medo/preocupação de cair em um dos dois lados, tudo fica mais agradável. Em cima do muro ou não, não consigo parar de escrever sobre o cotidiano e tocá-lo com minha velha guitarra.




domingo, 8 de janeiro de 2012

Como me Tirar o Sono

E quando a gente perde o sono no meio da madrugada, na véspera de uma manhã de trabalho, acordado/atormentado por um sms anônimo e infeliz?

Há tempos não postava por aqui. É que escrever sobre felicidade é tão fácil, que prefiro sentí-la sem gastar palavras. Mas voltemos a insônia/perturbarção:

De conteúdo duvidoso e origem desconhecida, o tal sms tratava de uma ação infantil para sugerir desconfiança. Ora, pessoas que querem meu bem, não teriam motivos para se esconder. E pessoas que comprovam alguma afirmação, não deveriam temer o rótulo de mentiroso-infantil.

É certo que, se queriam me perturbar, conseguiram. Seja lá quem for, seja lá de que lado estiver na história, tirou meu sono.

Devemos confiar nas pessoas? Precisamos confiar? Confiar é sacrifício? Perguntas que permanecem na minha cabeça, mesmo sabendo de todas as respostas. Mesmo sabendo que é um erro grave gastar meu tempo com isso.

Boa sorte pra você também, sr. ou sra. anônimo.