sábado, 30 de abril de 2016

Adeus, Prince



Duvido muito que até os mais jovens leitores deste site não tenham ouvido alguma música do Prince. Duvido, também, que os que conheçam sua obra, neste momento de luto, não dancem ao ouvir suas músicas. O texto seria sobre a morte, mas não dá para escrever sobre o Prince sem falar em dança, pois como disse o Chico César: “Quando ouvi Prince, dancei”.

Prince Rogers Nelson nasceu em 7 de junho de 1958, em Minneapolis, no estado de Minnesota. Filho de um Jazzista, recebeu o nome em homenagem ao grupo de jazz que o pai tocava, o Prince Rogers Trio. Na adolescência, junto com um primo e um vizinho, montou a Grand Central – banda onde desenvolveu a técnica com a guitarra e já mostrava seu talento vocal. Eles tocavam em clubes da cidade, tinham um som influenciado por James Brown, Jimi Hendrix e Earth. Músico multi-instrumentista, vocalista e dançarino, Prince lançou seu primeiro álbum em 1978, aos vinte anos.

Em 38 anos de carreira, gravou trinta e seis álbuns e atuou em quatro filmes. Vendeu aproximadamente 160 milhões de discos e esteve sempre nas listas de artistas mais tocados nas rádios de todo planeta. Ganhou sete Grammy Awards, um Globo de Ouro e um Oscar. Praticamente fundou o gênero videoclipe ao lado de outros astros da época, como Michael Jackson e Madonna.

Um gigante

Em todas as suas apresentações, como que para confirmar a reputação atribuída pela revista Rolling Stone, sua guitarra estava presente. Prince se agigantava com solos carregados de melodia e sentimento, com as performances de dança e com sua presença vocal. No alto dos seus 1,57m de altura, ele brilhava tocando seu som, um híbrido entre R&B, jazz, rock, pop e funk.

Em 1993, por uma briga judicial com sua gravadora, mudou seu nome para um símbolo impronunciável –  Prince logo.svg – que é a junção dos símbolos do sexo masculino e feminino. Neste período, que durou até o ano 2000, ele preferia ser chamado de “artista anteriormente conhecido como Prince”, ou simplesmente como “o artista”.

Superbowl

O tradicional evento que acontece no intervalo da final da NFL recebeu Prince em 2007. Esse show é considerado um dos maiores da história do torneio:



Morte

Uma semana após ser hospitalizado, por causas que divergem na mídia – sintomas de gripe ou overdose – em 21 de abril de 2016, Prince faleceu. Segundo relato de fãs, durante a semana, ele foi visto diversas vezes comprando medicamentos em farmácias da cidade. As autoridades afirmam que, por volta das 9h40, receberam um chamado de socorro médico, pois o artista havia sido encontrado desacordado no elevador da sua casa.

Após a sua última apresentação, no dia 14 de abril, Prince passou mal dentro do seu avião particular, que fez um pouso de emergência para que ele fosse atendido.

Adeus

A música perde mais um grande ícone, mas continuaremos seguindo o som do Prince. Curtam o seu último trabalho:



  
Publicado no portal Segue o Som