terça-feira, 16 de junho de 2015

Paradelle para Adelle


A paradelle é um estilo poético moderno que foi criado nos Estados Unidos pelo poeta Billy Collins, como uma paródia ao villanelle.


Com o perdão da ressonância e sem a intenção de fazer trocadilho, escrevi um paradelle para Adelle.




Todas as flores encontradas no caminho
Todas as flores encontradas no caminho
De longe contando os passos só pra te ver
De longe contando os passos só pra te ver
Os passos no caminho das flores
Só pra de longe te ver cantando

Os dias voaram e ninguém viu
Os dias voaram e ninguém viu
E os pássaros tecendo novas canções
E os pássaros tecendo novas canções
Ninguém viu, os pássaros voaram
Canções tecendo novos dias

A pele que arrepio com um toque
A pele que arrepio com um toque
Suave o cheiro que produz ternura
Suave o cheiro que produz ternura
Um toque suave, o cheiro, a pele
Ternura que produz arrepio

Os pássaros tecendo um toque
No caminho pra te ver suave
O cheiro das flores nas canções
De longe produz na pele o arrepio
Cantando os pássaros que voam
Ternura que produz os dias

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Voltei para a casa abandonada

Comecei a empreitada muito antes de 2007. Foi em 28 de abril de 2007 que mudei a hospedagem do blog e trouxe para o blospot alguns dos textos que existiam em outro site.

Dessa época até a última postagem em 08 de dezembro de 2012, muita coisa aconteceu. Muitos textos bons nasceram e muitos ruins também.

Resolvi fechar as portas. O mundo já era outro com a chegada das mídias mobile, do universo todo pocket. Tudo instantâneo e móvel. Breve e líquido.

Nesse hiato entre 2012 e o dia de hoje, muitas outras coisas escrevi. Muito mudou na minha forma de escrever. Muitas coisas diferentes eu li. Sim, meus gostos mudaram com a chegada das marcas no meu rosto.

É tempo de assumir minhas palavras e observar o derramar delas no tempo.
“Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, está tudo assim tão diferente”. Não, não desgostei da Legião Urbana, nem tão pouco vou parar de citar canções aqui. As diferenças são outras: “o futuro não é mais como era antigamente”.

Volto para a casa abandonada. Começo tirando o pó, revendo postagens, apagando besteiras, deixando o que vale a pena ser lido.

Nos três anos de abandono morei em outras casas, e logo, acho justo trazer para cá a mobília que adquiri por ai. Resolvi postar com datas retroativas, referentes a data de criação de cada texto, tudo o que escrevi durante o silêncio e eles farão parte do marcador 'Mobília', para situar melhor. Meus poemas, que insisto em não publicar aqui, estarão ainda no marcador 'Versos' e serão publicados todo dia 15 de setembro, como sempre foi, sendo apenas uma amostra dos poemas que escrevo.

O que virá? O de sempre: crônicas, resenhas, poemas, músicas, imagens e vídeos. Muita coisa nova também. Espero ser proveitosa essa retomada.

***

"Eu voltei para a casa abandonada
Onde não devemos nada para niguém"

Vamos de música boa para deixar o post mais bonito: