quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Usando o Flit Paralisante

Fosse mais vontade de gritar, do que de me estender em minha cama macia, talvez ouvissem a minha voz do outro lado da cidade!

Quando superei a agressividade das vontades embebidas em preguiça e inconstância, preferi me recolher na imagem imposta a mim: “Coadjuvante de histórias mornas, frases feitas e pessoas superficiais”.

Mas hoje, depois de usar o “flit paralisante” que o Cazuza tanto quis usar, prefiro bater no peito e dizer com honra: “Porra nenhuma com muito amor!” Até porque, “sempre voltam com as mesmas notícias” e continuam sem acreditar nos sonhos dos outros. (Talvez, por acharmos que os sonhos alheios sejam menos desvairados que os nossos, tendemos a não estimá-los. Que erro!) Continuam caminhando para a intolerância, apaziguando a estupidez, dando colo a quem precisa de um empurrão e colocando o pé pra derrubar quem precisa de ajuda.

Mas deixa estar, enquanto o seu dia não chega, vão falar das coisas que você faz e deixa de fazer; das idéias que teve, falarão apenas das que não conseguiu realizar; e das coisas que realizou, vão fingir não lembrar.

Feeling alone, the two, by day
Make heating and cooling
You say: "this is over!"
And I agree with you
You get away from and I think of suicide
But actually I do not even care
You always come back with the same news
I need a bomb
A paralyzing any flit
To get rid
The practical effect
Of your headwords
Of your perfect nights

Feeling alone, the two, by day
Make heating and cooling
You say: "this is over!"
And I agree with you
You get away from and I think of homicide
But actually I do not even care
You always come back with the same news
I need a bomb
A paralyzing any flit
To deny you
Well at the last moment
My world, you do not see
My dream that you do not believe

[I wanted to have a bomb - by Cazuza]

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