"Veio para o que era seu e os seus não o receberam." João 1:11
Na noite em que Jesus nasceu os anjos cantaram e deve ter sido algo invulgar, algo muito, muito bonito. Extraordinário! Mas o povo daquela cidade não ligou para isso e nenhum morador foi visitar o menino Jesus. O Natal para eles não aconteceu.
Ainda hoje é assim. Há muitos religiosos e muitas outras pessoas que não prestam atenção ao significado do Natal, ou mesmo, não dão a mínima para Ele. Pessoas assim tratam o Natal como uma festa de comidas, bebidas, barulhos e presentes caros para quem não precisa. Nem sequer se lembram de fazer uma oração, não dão graças pela vinda do nosso Salvador ao mundo. Em algumas ceias de Natal, o nome de Jesus nem é mencionado.
Não houve Natal em Belém. Está havendo Natal para você? Se há peru, luzes, árvore de Natal, presentes, bebidas, gente sorrindo, telefonemas, mensagens de amigos distantes no tempo, músicas natalinas, beijinho na vovó... e não há a consciência de que Jesus veio ao mundo, morreu por nós, ressuscitou ao terceiro dia e hoje está em glória à direita de Deus, então meus caros, o Natal está passando por vocês e vocês não estão passando por ele.
Falar com propriedade sobre coisas que a gente desconhece é tarefa difícil! O que eu espero mesmo deste post é um apanhado de 'impropriedades', já que vou falar de solidão, mesmo sem saber ao certo que solitude é essa.
Alceu Valença cantou: "A solidão é fera, a solidão devora. É amiga das horas prima irmã do tempo, e faz nossos relógios caminharem lentos, Causando um descompasso no meu coração."
Hoje, nem sei se sinto saudade da casa em Tambauzinho ; não sei se sinto saudade das descobertas que vivi quando morei em Salvador; não sei se sinto saudade dos anos que veraneava em Camboinha ou que viajava sem destino carregando um violão e meia dúzia de amigos malucos; das "corridas ilegais" à bordo do meu opala cupê; dos anos que ensaiava ou tocava madrugada à dentro; das viagens; das pessoas que conheci longe de casa e que sabia que não veria novamente; tenho saudade até dos tempos que eu já sentia saudade.
É certo que a gente nunca imagina as saudades que virão... sendo assim, é bom tentar fazer de cada dia das nossas vidas, um dia pra lembrar e ter saudades. Prometo que terei saudades dessas férias. Um dia!
Heráclito: "Não se entra duas vezes no mesmo rio."
Para todo mundo entender o que ele realmente quis dizer, reformulo: Não se entra duas vezes do mesmo jeito, no mesmo rio. Sempre que você entrar, ali estarão outras águas, outros desenhos de margens, outras areias no fundo e claro, outro homem.
Baseado nessa filosofia concluo que, realmente, não sou o mesmo depois destes últimos anos! Todos os dias quando vou trabalhar, já não sou o mesmo do dia anterior. Em cada ida semanal pra Campina Grande, já não sou o mesmo da última vez. Toda vez que vou dormir, não deito o mesmo homem da noite passada. O que pode parecer enlouquecedor, é por fim uma dádiva: podemos melhorar com o tempo!
Quem aqui sabe o que é o retorno de Saturno? O Renato Russo tentou nos ensinar: "E aos vinte e nove com o retorno de Saturno, decidi começar a viver..."; Os Detonautas gravaram "O Retorno de Saturno" que é uma letra assim... fantástica, apesar da ligação do evento com uma história de amor.
Sei que que é cedo para dizer que entrei nessa fase, mas já estou vivendo esse 'fenômeno' que dizem acontecer entre os 28 e 30 anos de idade (sempre adiantei as fases da minha vida). Saturno no seu trânsito, se posiciona no mesmo lugar aonde estava no momento do nosso nascimento.
Uns acreditam no zodíaco, outros na influência de seu poder cósmico... eu acredito apenas na simbologia do evento: Um rito de passagem. As responsabilidades não são mais as mesmas, agora a gente começa a 'cuidar' dos nossos pais (e avós), é chegada a hora de tomar decisões que nos acompanharão pelo resto da vida.
Como gosto de mergulhar de cabeça em tudo o que é sentimento bom, estou cada vez mais concentrado em todas essas mudanças e escolhas, pra não passarem desapercebidas (sem senti-las).
Sabe quando a gente encontra dinheiro no chão?! Aquela felicidade materialista momentânea que é proporcionada pela descarga de serotonina em nosso cérebro, causando um efeito semelhante ao que temos quando (sei apenas em teoria!) tomamos ecstasy?
Pois bem...
Imagine que você encontra um pacote de dinheiro no chão, muito dinheiro mesmo e, mesmo sem saber a quantidade certa, você supõe que é muito dinheiro. Você não sabe de quem é. Você não sabe de onde veio. Mas sabe da felicidade que está sentindo e sabe também, tudo o que você poderá ou não, fazer com aquele dinheiro. Logo, você pega e leva com você.
Continue imaginando: Você nem esperava... planeja uma festa, roupas, relógios, perfumes, um carro novo ou até mesmo, doar tudo de si, realizando o ato de gastar, ou doar tudo para quem precise. Como já disse, você não sabe quanto tem nas mãos, talvez nunca tenha tido tanto, o que condiciona você a não saber guardar direito tanto dinheiro. Então, no trajeto do lugar de onde vinha, para onde vai, você perde aquele pacote. Cai em algum lugar... alguém tira do seu bolso... não sei como, só sei que perdeu! E agora? Como explicar pra si mesmo que você não teve competência para levar o pacote com você? Você soube ganhar, mas saberá perder?
Já perdi muitos pacotes na minha vida! Por ser esquecido, por ser desatento ou por tirarem de mim... não precisa incumbir a culpa a ninguém, afinal, como Antoine de Saint-Exupéry nos ensina, a responsabilidade é de quem cativa, e nesse caso, é sempre do pacote! Com tantos desencantos e desventuras, hoje posso dizer que aprendi a perder.
Como perder? Lembre que você achou muito dinheiro, pegou e o teve junto com você durante algum tempo, o que fez de você uma pessoa rica, embora que por um breve período. Você foi rico! Atente para a sorte de encontrar, para capacidade de aceitar e para o dom de planejar o que poderia ter sido feito! Isso é saber perder. Sem contar que, se você esqueceu em algum lugar ou caiu do seu bolso, é provável que você tenha feito uma outra pessoa feliz! Sem importar se irão saber levar o pacote ou não, é certo que, quem achou, delirou como você.
Quanto a saber guardar os pacotes que encontro?! Prometo que assim que aprender como se faz, eu ensino para todo mundo aqui.
Logo mais estaremos 'exercendo nossa cidadania'! Comparecendo obrigatoriamente às urnas para deixar nela registrado o que temos por melhor opção para o futuro do nosso Estado e da nossa Nação.
Vamos gente, um pouco de consciência política não é pedir demais!
Para que reclamar do meu emprego, se é por conta dele que me sustento, faço planos e, no fim, até me divirto?
Para que treinar e participar de campeonatos de kart, se no dia seguinte meu corpo reclama do sacrifício bradando dores musculares?
Para que querer quebrar a rotina, se gosto dos meus costumes, compromissos e horários?
Para que comprar roupa de marca, se a máquina de lavar não faz distinção entre elas e as falsificadas, destruindo todas de igual forma com o passar do tempo?
Para que caminhar na praia ou ir pra academia, se em dias de atividade física acabo comendo mais?
Para que escrever neste blog, se quase ninguém lê e quem lê, pouco se importa com o que é dito aqui?
Eles estão aí! Citam Clarice Lispector, Manoel Bandeira, Fernando Pessoa e Paulo Coelho. Editam seus perfis com palavras sábias de terceiros. Um verdadeiro mundo digital entre aspas!
Pseudo-intelectuais do Ctrl+C / Ctrl+V, dos emotions e das gírias digitais. Duvido muito que 99% deles tenham lido pelo menos um capítulo dos livros de onde 'sequestram' as frases de efeito para utilizar em seus 'quem sou eu'. Nem mesmo sabem qual o livro, autor ou estilo [talvez seja pedir demais né?!].
Quem sabe, melhor um pseudo-intelectual do que um alienado cultural. Talvez seja melhor cinco minutos gastos no google à procura de uma frase legal, do que nem se importar com isso. Talvez!
Mas é assim que o Brasil vai construindo a geração do futuro: os profundos-superficiais. Eles assistem a TV Globo (e mergulham na sua alienação); Ouvem todo tipo de música ruim, que hora rimam amor com dor, outra hora rimam alegria com putaria; Desenvolvem sua 'ideologia política', baseando suas escolhas em matérias 'idôneas' publicadas na revista Veja; Acreditam que os EUA realmente desceram à lua em 1969; E acham que é melhor pesquisar na wikipedia do que visitar uma biblioteca. Para esses pequenos seres, humor é aquele vídeo imbecil (muitas vezes de depreciação humana) que está 'bombando' no youtube e apenas se cadastrar no site do Greenpeace é uma ação em benefício do planeta.
Qual será o Brasil do futuro? Quais serão as músicas que essa geração vai ouvir com nostalgia na velhice? O que a mídia vai fazê-los pensar (a midiocracia)? Eu tenho medo do Brasil do futuro. E tenho medo que o acesso à informação deixe todo mundo mal informado.
Abaixo um demo-clipe de uma canção que escrevi e gravei com a MAQE há uns anos.
Coisas proveitosas às vezes a gente encontra na internet. Pesquisando mais material sobre o Aborto Elétrico para elaborar um novo post, encontrei uma faixa remaster que deveria ter sido lançada no primeiro álbum da Legião Urbana, e hoje vira faixa rara e inédita. Vale perceber, que algo nessa letra foi retrabalhado e lançado alguns anos depois com o título de "Tempo Perdido". Segue a letra: Todos os dias quando acordo de manhã Não tenho mais o tempo do dia que passou Mas tenho muito tempo para acabar com essa indecisão Espero sinceridade e perigo... Todos os dias tento chegar em algum lugar Só pra depois dizer que não quero ficar lá Não é coincidência essa minha indiferença É que está me faltando um motivo Responsabilidade me deixa sem saber Qual é a interferência ou como deve ser Todos os dias quando eu deito pra dormir Fico pensando em todas as coisas que eu não fiz Quando não penso no futuro sempre com uma leve preocupação De não lembrar qual foi o aviso Todos os dias quando eu tento esquecer Todas as coisas que eu não quero mais fazer É só inconsequência o tempo continua com ou sem ação E eu não consigo ficar indeciso Pontos de referência Perdi meu referencial E quase como sempre não foi proposital Mil novecentos e setenta e sete Quero ficar na cidade ou não Começaram a brincar com eletricidade Quero ficar na cidade ou não [1977 - Legião Urbana]
Por quantas vezes Esse fantasma Vai me aparecer Todas as noites Quando luzes acesas Não o espanta? E quantas vezes mais Eu vou dizer Que não aguento Já pronto pra encarar Sabendo que a coragem Não me imuniza do medo? Quando enfim Eu vou Aprender Que não faz mal pular Desde que se abra os olhos Pois pular de olhos fechados É tolice?! E que no fim O que se quer Que se perdeu É fácil de encontrar Mas, se perde a estima Perdeu-se novamente?! Sendo assim É melhor estimar vidros Do que perder diamantes
Yo podría haberlo hecho mejor Vos podrías acercarte a mí La verdad es que todo fue Tan extraño, tan extraño al fin Vos buscando el polvo de Dios Yo bebía para irme de aquí ... Prefiro os dias de chuva, mas este ano Eles chegaram muito rápido, Ou eu estou passando muito rápido por eles. Verdade é que quase não os vi.
Tenho andado distante das coisas que tenho como principais: Não escrevo novas canções; Não posto textos novos; Não tenho tocado minha guitarra com frequência; Não tenho ouvido minhas músicas preferidas; Não estou mais envolvido com a cena musical paraibana; Não passeio com meu amigo Opala como era de costume; Não corro atrás das coisas que quero; Não me iludo com planos falhos para resolver meus problemas; Não faço fotos com minha velha câmera; Não tento provar que não preciso provar nada. Depois da mudança (agora estou morando no bairro do Bessa), é como se estivesse passando uma temporada fora da minha casa, longe dos meus amigos e das pessoas que considero. É como se todos os meus pertences pessoais estivessem a quilômetros de distância e o encanto do que é novo me distanciasse cada vez mais deles. Mas não quero perder minha identidade. Não quero esquecer as coisas que me fizeram chorar e sorrir. Não quero perder os velhos costumes, pelo menos os bons. Até me pergunto se isso não faz parte do ciclo da vida: a gente vai deixando coisas para trás, encaixotando livros, cd’s, lembranças, para depois ir juntando novos, fazendo outra prateleira na alma. Bom voltar a postar.