O porto alegrense Duca
Leindecker é compositor, instrumentista, cantor e escritor brasileiro. Aos 13
anos iniciou sua carreira artística tocando em bares na noite gaúcha. Ainda
adolescente, foi eleito pela crítica especializada como melhor guitarrista do
Rio Grande do Sul, o que aconteceu por mais três temporadas consecutivas.
Suas músicas têm sido
regravadas por diversos artistas como Tiago Iorc, Maria Gadu e Chimarruts. Após
liderar a Cidadão Quem, formar o Pouca Vogal com Humberto Gessinger
(Engenheiros do Hawaii), lançar o disco solo “Voz, Violão e Batucada” e o Dvd
“Plano Aberto”, Duca segue em carreira solo, lançando singles surpreendentes
como o “Só mais uma pra garantir”.
Conversei com ele sobre
tudo isso, confere ai:
Duca, aos 15 anos você foi escolhido pelo jornal Zero
Hora como o melhor guitarrista do Rio Grande do Sul. Qual o som que você mais
escutava nessa época?
Comecei tocando em bares.
Charlot bar foi o primeiro. Não era fácil. Nessa época eu escutava muita música
popular, brasileira e gaúcha. Meu repertório era muito em cima disso. O rock
surgiu na minha vida depois de ser apresentado para a música brasileira.
Bob Dylan. O que esse nome representa para você?
O
Bob Dylan deu muita projeção para o meu nome e do Frank Solari. Ele nos
convidou pessoalmente para acompanha-lo em uma turnê. Naquela época as pessoas
ainda precisam de avalista para tudo e ele foi uma espécie de avalista.
Depois de toda essa trajetória desde o Cidadão Quem,
Pouca Vogal, até a carreira solo, o que você escuta hoje? Qual som influencia
suas composições hoje?
Hoje
curto de tudo: música cubana, música clássica, rock, pop... Tudo que for bem
feito. Faço música para chegar nas pessoas, para emocionar. Não faço música
para ser famoso. Pelo contrário, se pudesse viver anônimo fazendo música, seria
ótimo. Poderia andar entre as pessoas olhando para elas e observando suas
expressões autênticas sem a máscara do deslumbramento.
Você é um artista que atravessou diferentes períodos
da música brasileira. Como você encara o mercado em rede e a transmissão de
áudio por streaming?
Acho
ótimo. Ser do contra seria mais ou menos como ir contra a revolução industrial,
ou Thomas Edson. As conquistas tecnológicas estão fadadas a elevar nossa civilização
com o ônus de quebrar a indústria que precede essa tecnologia.
Em 1988 você gravou seu primeiro disco e em 2007
gravou o último com o Cidadão Quem, que é o meu preferido. Qual o seu disco
preferido e quais as músicas preferidas nesses álbuns?
Concordo.
O 7 também é o meu preferido, mas pinçando dos outros não deixaria de citar: “Ao
fim de tudo”, “Pinhal”, “Girassóis”, “Música inédita”, “Parto Punk”, “Álbum de
papel”, “Bossa”...
Em 2015 saíram o DVD “Plano Aberto” e o single “Só mais
uma pra garantir”. Alguma novidade para este ano?
Pretendo
lançar alguns singles convidando outros artistas.
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