domingo, 22 de maio de 2016

Duca Leindecker - “Faço músicas para emocionar as pessoas”





O porto alegrense Duca Leindecker é compositor, instrumentista, cantor e escritor brasileiro. Aos 13 anos iniciou sua carreira artística tocando em bares na noite gaúcha. Ainda adolescente, foi eleito pela crítica especializada como melhor guitarrista do Rio Grande do Sul, o que aconteceu por mais três temporadas consecutivas.


Suas músicas têm sido regravadas por diversos artistas como Tiago Iorc, Maria Gadu e Chimarruts. Após liderar a Cidadão Quem, formar o Pouca Vogal com Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii), lançar o disco solo “Voz, Violão e Batucada” e o Dvd “Plano Aberto”, Duca segue em carreira solo, lançando singles surpreendentes como o “Só mais uma pra garantir”.

Conversei com ele sobre tudo isso, confere ai:

Duca, aos 15 anos você foi escolhido pelo jornal Zero Hora como o melhor guitarrista do Rio Grande do Sul. Qual o som que você mais escutava nessa época?


Comecei tocando em bares. Charlot bar foi o primeiro. Não era fácil. Nessa época eu escutava muita música popular, brasileira e gaúcha. Meu repertório era muito em cima disso. O rock surgiu na minha vida depois de ser apresentado para a música brasileira.


Bob Dylan. O que esse nome representa para você?


O Bob Dylan deu muita projeção para o meu nome e do Frank Solari. Ele nos convidou pessoalmente para acompanha-lo em uma turnê. Naquela época as pessoas ainda precisam de avalista para tudo e ele foi uma espécie de avalista.


Depois de toda essa trajetória desde o Cidadão Quem, Pouca Vogal, até a carreira solo, o que você escuta hoje? Qual som influencia suas composições hoje?


Hoje curto de tudo: música cubana, música clássica, rock, pop... Tudo que for bem feito. Faço música para chegar nas pessoas, para emocionar. Não faço música para ser famoso. Pelo contrário, se pudesse viver anônimo fazendo música, seria ótimo. Poderia andar entre as pessoas olhando para elas e observando suas expressões autênticas sem a máscara do deslumbramento.


Você é um artista que atravessou diferentes períodos da música brasileira. Como você encara o mercado em rede e a transmissão de áudio por streaming?

Acho ótimo. Ser do contra seria mais ou menos como ir contra a revolução industrial, ou Thomas Edson. As conquistas tecnológicas estão fadadas a elevar nossa civilização com o ônus de quebrar a indústria que precede essa tecnologia.



Em 1988 você gravou seu primeiro disco e em 2007 gravou o último com o Cidadão Quem, que é o meu preferido. Qual o seu disco preferido e quais as músicas preferidas nesses álbuns?


Concordo. O 7 também é o meu preferido, mas pinçando dos outros não deixaria de citar: “Ao fim de tudo”, “Pinhal”, “Girassóis”, “Música inédita”, “Parto Punk”, “Álbum de papel”, “Bossa”...


Em 2015 saíram o DVD “Plano Aberto” e o single “Só mais uma pra garantir”. Alguma novidade para este ano?

Pretendo lançar alguns singles convidando outros artistas. 



Publicado no portal Segue o Som

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